Ivo PitanguyO Gênio da Cirurgia Plástica e Seu Legado Imortal
Ivo Pitanguy é mineiro de Belo Horizonte. Começou a cursar medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais e formou-se pela Faculdade de Medicina do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante a infância e a adolescência, sua paixão eram os livros, a pintura, a poesia, a natureza e o esporte. A paixão pelas artes Pitanguy herdou da mãe, Maria Stael Jardim de Campos Pitanguy, uma mulher sensível e culta, que lhe deu quatro irmãos: Ivan, Ivette, Yeda Lúcia e Jacqueline. A vocação pela medicina só surgiu após o término dos estudos secundários, por influência do pai, o cirurgião-geral Antônio
de Campos Pitanguy.
Movido por este desejo de “triunfar sobre a doença”, Ivo Pitanguy começou a traçar o próprio destino. O primeiro passo foi o curso de medicina na Universidade Federal de Minas Gerais e depois a Faculdade de Medicina do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se formou no final da década de 40.
Um dos Pioneiros
Quando voltou novamente para o Brasil, Pitanguy percebeu que o exercício da cirurgia plástica ainda era incipiente no país. Trabalhou incansavelmente para tornar a especialidade mais conhecida e respeitada, atuando como chefe do Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do Hospital Souza Aguiar de 1952 a 1955. Em 1954, passou a chefiar o Serviço de Cirurgia Plástica e Reparadora da Santa Casa, ainda agregado à 19ª enfermaria. Cinco anos mais tarde, devido ao número elevado de pacientes, a Santa Casa cedeu o espaço da 8ª enfermaria para o serviço.
Professor titular do Departamento de Cirurgia Plástica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas, Pitanguy integrou a Clínica à 38ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, implantando uma estrutura pioneira de formação profissional e de ensino. Desta estrutura faz parte o curso de pós-graduação em cirurgia plástica, com duração de três anos, que já formou mais de 500 profissionais do Brasil e de 40 países.
Possibilitando também o acesso aos benefícios da cirurgia plástica à população menos favorecida, o trabalho na Santa Casa ressalta a importância social da especialidade. Por sua iniciativa neste campo, Pitanguy foi agraciado pelo Papa João Paulo II com o Prêmio Cultura pela Paz. A Unesco, através do Instituto Internacional de Promoção e Prestígio, lhe concedeu também o Prêmio pela Divulgação Internacional da Pesquisa Médica, além dos diversos títulos e honrarias (ver relação completa em distinções nacionais e estrangeiras).
Membro de entidades acadêmicas e culturais respeitadas, Ivo Pitanguy é autor de cerca de 800 trabalhos científicos em revistas brasileiras e internacionais e publicou uma série de livros. A obra Plastic Surgery of the Head and Body foi premiada na Feira do Livro de Frankfurt e se tornou uma importante fonte didática e científica.
Hoje, além das cirurgias que realizou em sua clínica, Ivo Pitanguy apresentou conferências e ministrou aulas a convite de universidades e entidades médicas do Brasil e de outras partes do mundo.
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Meu avô, Prof. Ivo Pitanguy, costumava citar uma frase que aprendeu com Sir Archibald McIndoe, pioneiro da cirurgia plástica e primo de Sir Harold Gillies, considerado o pai da cirurgia plástica moderna: 'O sucesso sempre exaspera os tolos. Ignore as críticas e as invejas. Mantenha-se imperturbável.'
Conhecido como o “médico das estrelas”, Pitanguy foi procurado por celebridades de todos os cantos do mundo. Dentre os famosos que passaram por suas mãos habilidosas estão a atriz Sophia Loren, o cantor Mick Jagger e a socialite Jacqueline Kennedy Onassis. Embora sua clientela fosse repleta de estrelas internacionais, ele sempre manteve uma postura discreta e ética, preservando a privacidade de seus pacientes.